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quinta-feira, 17 de maio de 2012

VENTO SUL E MEXILHÃO




Todos no meu lado paterno sempre foram fascinados por mar. Com poucos dias de vida já acompanhei a família para a praia de Tramandai-RS, onde Vovô Nicolau tinha uma casa que foi a primeira a ter assoalho de madeira na então vila. Hoje é uma cidade enorme que conta inclusive com plataforma de desembarque de petróleo em alto mar.

Adorava acordar antes do sol nascer e no escuro da madrugada acompanhava meus avós caminhando até o mar. Via o sol sair da água onde estávamos entrando. Para meu olhar infantil era magia pura.

Lembro os dois adultos e pra mim já velhos, usando aquele maios antigos. O vovô magro e elegante e a vovó já com excesso de peso. Ao voltarmos para casa e antes mesmo do café da manhã tínhamos acessos ao cacho de bananas pendurado na varanda externa.

Duas décadas depois, adultos, casados e já com nossas três filhas, compramos propriedade em frente ao mar, longe do centro, em cima de comoros de areia de Imbé bairro que mais tarde se tornou o município emancipado

Para chegar a nossa casa se atravessava a ponte de um rio que se ligava ao mar por uma barra sempre aberta. Era natural que então os barcos pesqueiros de alto mar se abrigassem nestas águas. Passávamos ao lado deste barco enquanto aguardavam voltar ao mar.

Um dos meus primeiros trabalhos em gravura pochoir foi justamente dois destes. O Mexilhão e o Vento Sul.

Claro que já na ocasião me permitia poetar com as cores, liberando fantasias, cuidando porem que todos os detalhes técnicos dos barco fossem perfeitos.

Quantas recordações fotografias nos trazem, mas nada se equipara a obras criadas e pintadas , em que colocamos nossas emoções e fantasias.

Na ocasião nada me fazia supor que setuagenário, sentado no aeroporto de Florianópolis, aguardando vôo que nos levaria a São Paulo para junto de nossas filhas Nina e Mariana , mães do Matias Blauth Piza estaria resgatando estas emoções de inicio de carreira artística ha vinte e seis anos iniciada.


RICARDO garopaba BLAUTH

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