Devia ter uns nove anos e fui uns dos pajens do casamento de meus pais. A igrejinha em que casaram ficava perto da nossa casa e a "modernidade" fez que cedesse lugar a um prédio mais lucrativo e fosse construída outra em novo local.
Minha hoje mãe devia ter menos de vinte anos e meu pai viúvo recente teve o bom senso de fazer da manhã seguinte ao casamento a forma de introduzir seus dois filhos, sou o mais velho, à nova mãe, que nos recebeu para o café da manhã de braços abertos.
Lembro até hoje da cena deste guri ansioso se atirando e beijando minha nova mãe a quem amo até hoje.
Minha vida mudou para melhor desde então.
Estou lembrando isto, pois a poucos dias em São Paulo onde hoje a mãe mora, tive oportunidade de abraçá-la e beijá-la.
São poucos, acredito, os que têm ou tiveram duas mães. Ainda mais um septuagenário ter uma mãe com pouco mais de dez anos que a gente.
Mora hoje em Campinas no mesmo condomínio que minha irmã Neca e tendo meu outro irmão, Roberto Luis lá por perto em São Paulo. Romeu, meu irmão da primeira mãe se mantém ocupado administrando as farmácias das quais me auto-aposentei e que lhe rendem bastante ainda hoje no Vale dos Sinos - RS.
Gosto de saber que a minha MÃE está perto de seus dois filhos biológicos e que conversamos sempre que possível via Skype. De tempos em tempos adoro ir a Campinas, porém vou menos do que gostaria. Coisas da vida.
Outro dia preenchendo formulários coloquei Elita Blauth onde pedia o nome da mãe e fiquei assustado quando o funcionário consultando meu CPF disse estar errado. Não era o nome correto para o "sistema".
Sorte minha que para mim ela é minha MÃE. Coisas que quem foi um guri muito amado nunca esquecerá.
RICARDO garopaba BLAUTH
Nenhum comentário:
Postar um comentário