obrigado por sua visita........ricardo

TODOS OS TEXTOS ANTERIORES ESTÃO EM ORDEM ALFABÉTICA NO LADO DIREITO - É SÓ CLICAR

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SER TAXISTA

Mauro de Castro é taxista em Porto Alegre – RS. Nos conhecemos pessoalmente na casa que o Eduardo “Varal de Idéias” tem em frente a barra de Ibiraquera. Durante alguns dias no verão passado, Mauro veio para cá com a esposa e filhos relaxar longe do seu taxi. Por estes caminhos estranhos da vida, Mauro se tornou blogueiro e mantém uma coluna semanal no Diário Gaúcho também de Porto Alegre. Passei uma tarde com todos, como convidado do meu mestre blogueiro Eduardo, que hospedava Mauro. Conversamos muito. Sobre tudo, principalmente sobre sua atividade de taxista e blogueiro.

www.taxitramas.com.br é onde Mauro coloca seus textos com fino humor com relatos de fatos que acontecem na sua atividade. Na postagem de 03 de julho Mauro encerrou seu texto com esta frase.........“Diretores de cinema e televisão com dificuldade de encontrar bons roteiros deveriam trabalhar em um táxi.” Reproduzo abaixo o texto integral daquela postagem que confirma a afirmação do Taxista-Escritor........

RICARDO garopaba BLAUTH





A freira idosa entrou no táxi com suas vestes de santa e tênis Adidas. Falante, ela contou por que entrou para a vida religiosa. Disse que ia à igreja e ficava encantada com o coro das freiras. Queria cantar como elas, juntar-se ao grupo, pois amava a música. Na sua cabeça de criança do interior, achava que para cantar daquele jeito precisava virar freira. Assim, pela música, tornou-se religiosa. Mais tarde, descobriu a verdade, mas já estava acostumada com a vida no convento e não quis mais sair.

Outra história que escutei foi a de um garoto que fazia aulas de piano. Ele odiava as tais aulas, mas o pai o obrigava a continuar, queria vê-lo músico. No auge de seus 7 anos de idade, o garoto passava os dias catando cupins em troncos de árvores velhas. Colocava os insetos dentro de uma caixinha e levava-os para a aula de música. Quando o professor se distraia, o menino jogava os bichos dentro do piano, na esperança que eles acabassem com o instrumento e, por consequência, com as aulas de música!

Outro passageiro contou que morava em um lugar que chovia cartas. Disse que passou sua infância morando em um apartamento térreo, na rua Andrade Neves. No último andar do prédio, naquela época, funcionava o Jóquei Clube, onde a alta sociedade porto-alegrense reunia-se para jogar pôquer. Quando as apostas eram altas, a tradição mandava que se usasse um baralho novo. O baralho usado, então, era jogado pela janela e caia no pátio deste meu passageiro, que se encantava com a chuva de cartas.

Enquanto eu escutava o futebol no rádio do táxi, a passageira contou que, quando criança, seu pai costumava levá-la para o estádio Olímpico. Cada vez que o Grêmio marcava um gol, seu pai a agarrava no colo, a sacudia, a jogava para cima a ponto de quase matá-la. Minha passageira disse que, em silêncio, passava o jogo inteiro torcendo para que o Grêmio não fizesse gol!

Diretores de cinema e televisão com dificuldade de encontrar bons roteiros deveriam trabalhar em um táxi.


4 comentários:

Fatima Rama disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mauro Castro disse...

Valeu, Ricardo. Na próxima ida a Santa Catarina, precisamos marcar aquele almoço lá na tua casa. Vou cobrar.
Há braços

ricardo garopaba blauth disse...

ALO MAURO

.........mas BAHHHHHH...TCHÊ......

HÁ MUITO
QUE ESTOU
ME PREPARANDO
PARA O MOMENTO
QUE VAI SER ESPECIAL

ricardo garopaba blauth disse...

ALO FATIMA

Basta avisar
um dia antes........

Os ingredientes
devem ser
ESPECIAIS
Como
os visitantes

abrs