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terça-feira, 16 de março de 2010

LIBERDADES



LIBERDADES

Há mais de vinte e cinco anos, sem saber, tomei uma decisão que mudaria radicalmente meu modo de viver e com o passar do tempo também à maneira de encarar o futuro. Levou alguns anos para eu entender que, o que fiz não foi somente “gerenciar meus objetivos”. A realidade mostrou mais tarde que foi uma decisão mais profunda e radical. Preocupado com coisas que me travavam, tracei um objetivo simples e radical com prazo mínino, mas indeterminado para acabar. O prazo mínimo passou. Satisfeito e feliz com os resultados alcançados e que não faziam parte do objetivo original, sem notar fui dando espaço cada vez maior a mim mesmo. Cada nova satisfação obtida, mais prazeroso se tornava continuar mantendo o objetivo original. Naturalmente e sem notar fui traçando outros. Antes que se passassem cinco anos percebi que a primeira decisão tomada havia me transformado numa outra pessoa. Pensando e pesquisando os escaninhos da memória consegui rememorar o que para mim hoje foi o meu renascimento. Sentia-me cada vez mais livre sem o perceber. Livre para fazer somente o que quisesse e me fosse prazeroso. Sempre conversava muito sobre o fato. Para os que me acompanham todos os dias o fato passou a parecer folclórico. Lá vem ele de novo, deveriam pensar os que ouviam minhas repetições. Sempre li muito. Sempre fui curioso e interessado em tudo. Em 1988, Luis Fernando Veríssimo escrevia semanalmente uma página na VEJA. O titulo da sua crônica em 29 de junho de 1988 era LIBERDADES. Li reli diversas vezes o que naquelas linhas havia sido colocado. Foi uma revelação para mim. Tenho gravado indelevelmente na memória a frase final. “Livre, mas, livre mesmo, completamente, realmente livre é aquele que não tem medo do ridículo”. Foi minha libertação final. Descobri então que o meu maior inimigo era eu mesmo. Consegui desde então pensar, fazer, projetar, viver, falar sem me preocupar com “o que os outros vão pensar”. Sem medo do ridículo, dono de mim mesmo, passei a ver o mundo com outros olhos, com mais cor e otimismo. Fazer arte pelo prazer de criar, pelo desafio do fazer. Fazer fazendo. Muitas vezes sem saber o que estava criando. Só sabendo que estava realizando o que queria fazer. Querer passou a ser minha palavra mágica. Hoje ser cada vez mais livre maior é o meu maior Querer. Espero poder sempre que possível transmitir esta mensagem de Liberdade adiante.

RICARDO garopaba BLAUTH

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