CATA-FANTASIAS
Fico fascinado com as oportunidades que temos de observar alegrias vendo nos olhos duma criança o brilho desta pela vibração das coisas mais simples. Certa fez numa feira fiquei seguindo um vendedor de cata-ventos de cartolinas coloridas, destes que na minha infância facilmente fazia em casa. Enquanto o seguia ficava registrando na memória e em fotos o que estava vivenciando.
Numa metrópole as crianças com acesso a mil tecnologias ainda olham fascinadas ao conjunto destes inocentes brinquedos que o vendedor carrega, presas num conjunto que se torna impossível deixar de ver e se fascinar. Vendo a cena passei a chamá-la mentalmente de “cata fantasias”.
Cena escolhia e colocada numa tela, fiz questão de ali mostrar o ser humano, criança e vendedor em posição que se confundissem e que valorizasse o principal, a fantasia, nas cores do que se mesclavam.
Ao ver, registrar e depois pintar a cena, voltei ao passado, em que corria para fazer girar mais rápido as asas da imaginação. Agora idoso/guri , imaginação volta feliz ao ver novamente o que pintei a décadas.
RICARDO garopaba BLAUTH
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