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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

HIPER REALISMO





HIPER REALISMO


Um email de minha filha Simone (Bala) remeteu-me imediatamente ao passado, mais precisamente para os primeiro meses do ano de 1987. Já decidido de ter como atividade o prazer, havia decidido pintar as fotografias que fazia como hobby, em Preto e Branco, enquanto empresário. Ainda sem clientes que me estimulassem com desafios, resolvi eu mesmo me propor um. Fazer um grande Triptico para ser colocado nas paredes da Fininvest, meu inquilino na ocasião. Trabalho feito, festivamente inaugurado, as obras ficaram lá por muitos anos, mais tarde as recolhi e as coloquei no salão de exposição da Aldeia das Artes.

Logo me dei conta que pintando hiper realisticamente ficaria preso a uma técnica. Havia-me auto-aposentado procurando exatamente o contrário. Ser livre. Fazer o que quisesse, quando e como quisesse. Pintando hiper realisticamente acreditava que eventual sucesso me impediria de pesquisar e realizar novos meios, técnicas, suportes, desafios. O presente mostra que tomei a decisão acertada para meu temperamento. Guardo com carinho estas três telas gigantes por tudo que representaram no meu início de atividade prazerosa. Elas próprias já têm histórias que oportunamente contarei.

Dediquei-me logo após esta série que chamei de “transportes” (estas telas intitulei de “ O Trem no Vale”) , a procurar um novo meio de me expressar artisticamente com uma técnica que me identificasse como o autor independente da assinatura. Acredito ter conseguido isto quando passei a desenvolver e dominar a técnica do “pochoir” para a realização tanto de múltiplos (gravuras) como peças únicas de todos os tamanhos.

O “hiper realismo” encanta as pessoas, pois a técnica permite o pintor aprimorá-la a ponto de ser confundida com uma fotografia. É técnica pura e pouco sobra para o artista criar, assim acreditava na ocasião. Hoje depois de vinte e três anos de atividade, conheço vários artistas a nível mundial que conseguiram fazer uma excelente mixagem, colocando o hiper realismo somente em pequena porção do trabalho.

Fico feliz pelo caminho que escolhi e hoje dominando diversas técnicas sinto-me apto a encarar os desafios que espero me sejam apresentados no fazer artístico.

Ilustram esta crônica as três telas (Triptico) de 2,10 m x 1,40 m cada totalizando quando juntas, 2,10 m x 4,20 m. “ O Trem no Vale”, que passava na cidade da minha infância está ali preservado para memórias futuras.



RICARO garopaba BLAUTH

2 comentários:

Selena Sartorelo disse...

Olá Ricardo,

As imagens que postou trazem em si um realismo que só a ficção pode contar. Não te faz imaginar as histórias que nelas um dia vou te contar, um dia se tiver que ilustrar esse relato pedirei com certeza a tua permissão para as telas em questão.
Quando a lembrança é quase certa por essa visão.
beijos,

ricardo blauth disse...

Alo SELENA

Fique a vontade e então me avise

bjs

RICARDO garopaba BLAUTH