DO BAÚ........
Aparentemente invisível ela é
vista onde
se olhar bem. Um que de tristeza não explicável, parece residir dentro de cada um de nós, seres humanos. Por
quê? Diga-me você.
Tudo está como
planejado. Os dias se repetem sem abalos maiores, as finanças sob
controle, porém
aquele que
de tristeza permanece. Quem, em
algum momento
não sentiu algo
diferente, inexplicável.
Um que
de tristeza. Depois
nalgum momento, como
veio desaparece. Leio muito. Autores otimistas como eu, que
confessam terem sua formulas para momentos com estes que são inevitáveis.
Ceramistas amassam o barro e trabalham no torno
erigindo suas peças.
A mão deslizando na argila
expulsando a sensação de tristeza.
Lembra esta cena
em GHOST o filme
que revelou Demi Moore e Patrick Swayse?
Outros têm pequenos
procedimentos que os leva de retorno
ao dia “normal”.
O titulo desta coluna
é de um livro
que li na adolescência
e do qual tenho vaga
lembrança. Gostaria de rele-lo se fosse possível e ver como o autor da
ficção conduziu a trama.
Era sobre
um comerciante
classe média, bem casado, filhos saudáveis
e que de tempos
em tempos
se confrontava com seus
“fantasmas interiores
e inexplicáveis”.
Quantos de nós temos sensações
idênticas. Consigo dominar
e conduzir as minhas
conversando sobre minhas
experiências de ex-empresário, sobre meus sonhos de “fazer arte”, deixando minha
criança interior
correr solta
conduzindo os dedos no teclado.
Outro dia li algo que me fascinou.
Dos brinquedos infantis um dos mais simples é o balanço.
Basta um
galho forte
e reto, cordas
resistentes uma taboa sólida e disposição para alcançar
as nuvens com
os pés. Não
tem tristeza que
resista. Porque não
fazem balanços para
adultos? Justo agora
estou pensando em construir
um junto
ao meu atelier. Ridículo? Lembro então
a frase de Luis Fernando Veríssimo que me libertou
definitivamente, embora
na ocasião não
soubesse o tamanho da liberdade que
alcançada. Foi em 1988 quando Veríssimo tinha
uma coluna na Veja e falando sobre Liberdades
no último parágrafo
escreveu: “Mas eu
desconfio que a única
pessoa livre,
realmente livre,
completamente livre,
é a que não
tem medo do ridículo” E já que estou citando escritores
ai vai mais uma pra
“chutar” o tal
“Que de Tristeza”. “Felicidade é tirar o máximo proveito
do que se tem e Riqueza
é tirar o máximo
proveito do que
se conseguiu.” Quem
escreveu? Rosamunde Pilcher em
“Catadores de Conchas”. Quem, em
algum momento
não sentiu algo
diferente, inexplicável.
Um que
de tristeza. Nalgum momento,
como veio
desaparece. A minha acaba de se escapulir neste instante
em que
converso com você.
Um comentário:
Meu Deus que saudades deste espaço.... com frases verdadeiras de cada dia!! Quem não tem esses momentos? Eu, ultimamente vou tendo muitos mas...é chuva de verão: assim como vêem, logo vão.
Estive ausente do meu blog para realizar o meu "velho sonho" : Editar um livro e nasceu o FEITIÇOS que está a ter muito sucesso.
Comecei uma caminhada na qual já não tenho medo do ridículo e penso: se lhes ligo...não vivo!!
O que antes me parecia que estava mal, hoje, vivo a vida como quero!
Quem está mal que se mude...
Virei mais vezes porque gosto muito do que escreves!
Um abraço do tamanho do mundo (que está cada vez mais pequeno...agora, até lhe chamam: aldeia global)
Graça
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