DATILÓGRAFO



Quem tem mais de cinquenta de anos certamente se lembrará das escolas de datilografia que existiam em qualquer cidade, pois todos que decidissem se candidatar a algum emprego deveriam apresentar o "diploma " de datilógrafo, tal como hoje é requisitado declarar possuir conhecimentos básicos de informática seja para o que for.

Datilógrafo, pra quem não sabe é o operador de uma máquina de escrever,que certamente já todos já viram alguma, ou não ? Puxa, sou “antigo” mesmo.....

Você só recebia o "diploma" depois de passar nos testes de escrever com os dez dedos com determinada rapidez e com o teclado da máquina coberto com uma cobertura escondendo as teclas.

O teclado destas máquinas, hoje relíquias, mas ainda em alguns locais usadas é idêntico aos de um computador, este conhecido por todos.

Presentemente ninguém mais freqüenta escolas para usar os teclados. Aprendem a seu modo praticando como lhe é mais conveniente.

Raro é a criança que tenha acesso a um teclado que com ele não brinque e pratique. Na falta de um computador por todos locais espalhados, crianças se divertem usando teclados de telefones públicos ou caixas eletrônicos de bancos.

Lembro até hoje a Dna Ilse proprietária e professora da maior escola em Novo Hamburgo. Rigorosa e metódica exigia disciplina e determinação de seus alunos.

O diploma que obtive se perdeu nalgum escaninho do passado. Minhas atividades de balconista de farmácia no meu inicio de carreira não precisava desta habilidade. Mais tarde como vendedor de empresa de medicamentos os pedidos, roteiros, relatórios eram preenchidos a mão com letra de forma.

Tempos e ciclos que se encerram e se renovam. Tento imaginar o que meus neto e neta estarão usando quando tiverem um dia a minha idade.

A criatividade humana e infinita e muito já foi feito e criado com a utilização de letras e números sobre uma folha de papel. Sabe-se lá o que mais virá.

Datilógrafos continuamos sendo mesmo que hoje o nome seja tecladista.

RICARDO garopaba BLAUTH