"Veja só que descalabro, como fiquei. E olha que eu fui um sujeito esperto! Mas eu vou bem. Afora ter perdido uma vista e que enxergo mal da outra; afora que estou sofrendo de Alzheimer, o que me faz esquecer as palavras e faz minhas mãos tremerem, de modo
que não consigo escrever mais, e também não segurar um livro e, portanto, também não posso mais ler. Afora, a hipertensão, os problemas de fígado e do intestino
e da fratura no fêmur que me impede de andar, enfim afora essas coisinhas, vou. Não tenho tristeza, não tenho depressão, não reclamo da sorte."
Afinal, fiz uma porção de coisas, fiz da minha vida o que eu quis".
É uma declaração de amor à vida feita pelo psicanalista, jornalista, escritor e autor de “Sem Tesão Não Há Solução” e “ Ame e Dê Vexame” , Roberto Freire.
Quantos de nós seja em que idade for e sem problemas físicos ou médicos sérios, pode disser o mesmo ? O que nos impede de ver a vida pelo ponto positivo esquecendo nem que seja por instantes dos “problemas” normais que qualquer ser humano talvez tenha que enfrentar.
Fazer aquilo que amamos com intensidade e “tesão”, amar a vida a ponto de “dar vexame”, transformará os nossos Momentos em “coisas” que nunca esqueceremos.
Quando deixo meus dedos correrem sobre as teclas do notebook para o texto diário tento resgatar sempre o otimismo que corre ao nosso lado e esquecer que do outro onde está o pessimismo. A escolha para qual dos dois sentimentos vamos dar ênfase fará a diferença final.
Espero que quando chegar meu prazo final possa repetir a frase Roberto Freire, de preferência sem toda relação de suas mazelas, .........”fiz da minha vida o que sempre quis”
RICARDO garopaba BLAUTH
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