REGISTROS DE VIAGEM - DESENHOS
Sempre que viajo gosto de ter comigo uma pequena câmera digital e um bloco de desenho com folhas de boa gramatura, em tamanho A4. Uma boa caneta de ponta de tinta e que deslize facilmente sobre o papel. Quando algum lugar me encanta de forma marcante faço um desenho, em rápidos minutos, tentando alcançar uma síntese do que me fascinou. Pode ser um prédio inteiro, cenas de um quarteirão ou um simples detalhe arquitetônico que desejo manter vivo em minha mente. Enquanto escrevo, pela memória me passam imagens dos esboços que fiz em Ouro Preto e Tiradentes e arredores, onde a foto acima foi obtida pela minha filha fotógrafa e produtora visual. Os desenhos assim obtidos ficam no meu acervo particular. Como os fiz para mim, cumpriram sua missão que foi me ajudar a parar, sentar por breves instantes e com ajuda das mãos e caneta, desenhar indelevelmente na memória afetiva. São aqueles momentos felizes que comento um dia juntar na edição da vida. Acontece às vezes, olhando pastas, me deparar com eles e como mágica vendo um, imediatamente o gatilho da memória traz os outros a cena. Não sei se para todos é assim. As fotografias se forem tiradas com vagar sabendo o que está fazendo acredito que podem ter a mesma magia. Digo podem. Porque mais das vezes, devido à facilidade das digitais de hoje a quantidade de fotos tiradas não permite tempo dos nossos neurônios da memória acompanhar. Daí a riqueza de sentar a beira da calçada e desenhar em poucos traços o que está vendo. Quem sabe você pode anotar com suas palavras o que está sentindo naquele instante. Acredite. Você só tem a ganhar. O investimento deste tempo, destes poucos minutos renderão dividendos que você recuperará ao ver as imagens que capturou junto com as palavras que anotou. Serão menos imagens, mas mais ricas e prazerosas. Voltarei ao assunto noutra ocasião, quem sabe mostrando algum desenho obtido nestas ocasiões. Viaje, sonhe, registre. Faça isto com vagar que o prazer merece. Você verá um resultado mais rico de vida e prazeres.
RICARDO garopaba BLAUTH
Um comentário:
Uau!!! Pena que meus traços se assemelham aos de uma pequena criança, mas adorei a ideia e vou exercitar, Mas as fotografias...é assim que me sinto em relação a elas. E embore use câmeras digitais, minha mente ainda funciona analógicamente, seleciono cada imagem e quantas vezes não me arrependo de não ter feito várias exposições sobre um dado tema, quando ao chegar em casa surpreendo-me com a má qualidade da foto que trouxe. Mas isso não desfaz a magia de ao consultar os álbuns de fotos impressas, ou como agora que o $$$$$ anda mais do que curto, apenas nos écrans
Postar um comentário