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quarta-feira, 21 de julho de 2010

CASAMENTO - TENIS OU FRESCOBOL ?


CASAMENTO - TÊNIS OU FRESCOBOL ?

Para gostar de um livro ou de um texto ele deve te agarrar desde a primeira página. Se você já está na página 40 e não está gostando do livro deve urgentemente se perguntar: “Por que ainda estou com este livro em mãos?”
A idéia me veio agora lendo mais sobre um autor de livros que me fazem pensar. Rubem Alves. Autor que já mencionei em diversas ocasiões e que em textos curtos e atemporais, fazem a gente pensar. Escreve em seus livros “verdades” a serem rediscutidas, dogmas, ritos, costumes, alem do seu irrestrito amor a beleza natural das coisas.
Você poderá saber mais sobre este autor colocando seu nome no Google, no YouTube. Ler suas crônicas, ouvir suas palestras é prazeroso, palavra que Rubens usa freqüentemente. Amigos de muitos amigos, cita-os freqüentemente em seus livros. Dono de uma linguagem e escrita de fácil entendimento percebe-se em seus textos e em suas falas o prazer fluindo.
Rubem Alves que gosta de usar metáforas para ilustrar seus textos, estava falando sobre o casamento. Comparou-o com uma partida de tênis e com uma de frescobol.
O que é o tênis ? Os jogadores, em campos opostos, quadra com linhas demarcadas, com uma rede separando as duas metades e regras precisas, jogam tentando devolver a bola para o outro lado de modo que esta não volte mais.
Já no frescobol, para começar não existem redes separando os jogadores e a quadra é imaginária. Qualquer lugar é bom. A bola é jogada de um parceiro ao outro sempre de modo que possa ser devolvida. Com o tempo e prática as jogadas se tornam mais rápidas, fortes, mas o prazer de fazer com que a bola lançada volte está sempre lá.
Precisa perguntar qual o casamento que diverte mais? Casamento-tênis o que ganhou o ponto fez o outro perder o seu. No casamento-frescobol não se conta pontos, e só se para de jogar quando o cansaço chega, recomeçando quando a vontade vier.
Assim como um livro que se tem prazer em continuar a ler, assim como no frescobol se descansa e recomeça a brincar, o casamento é uma parceria que funciona quando o prazer da companhia, a alegria dos momentos, a saudade das ausências, as conversas prazerosas, a magia dos contatos estiver presente. Mesmo aqueles de tristeza inevitáveis e que são superadas.
Todos os dias, todas as datas, todos os momentos, são importantes quando ambos querem devolver a “bola boa” para que o prazer continue sempre lá. Até o fim.


RICARDO garopaba BLAUTH

Um comentário:

Sueli disse...

Com certeza, o casamento frescobol é o ideal! Com relação aos livros, já deixei de ler alguns deles por não conseguir, de forma alguma, interessar-me, não digo na primeira, mas, como você disse, até a 40ª ou 50ª. E viva Rubem Alves! Ele é demais!!! E já gostava dele, mas seu conceito subiu muito mais quando soube que ele abandonou convicções religiosas de uma vida inteira quando parou para pensar e não encontrou coerência naquilo que havia aprendido até então. Não é qualquer um que faz isso, não. Beijos!