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quarta-feira, 19 de maio de 2010

NATUREZA MORTA



NATUREZA MORTA

Há muito que estranho chamarem de “natureza morta” uma pintura ou obra que retrate algo da natureza quando colocada numa cena fora do contexto natural. Até dá para entender porque assim foi denominado. Precisavam de um rotulo e a escolha de chamarem de morta foi uma reação quase natural uma vez que a natureza que ali reproduzida estava fora do seu elemento normal. Entretanto de posse dos conhecimentos que possuímos hoje sabemos que a morte não é o fim, mas uma passagem necessária à natureza a fim de alcançar a reprodução e preservação da espécie. Para meus leitores afirmo que o que escrevo não fará que seja mudado o “rótulo – natureza morta” nem é esta a minha intenção.

Espero sim que reflitamos mais e melhor sobre a magia da natureza que nos rodeia. Mesmo depois de “morta”, as flores colhidas que enchem vasos, enfeitam e dão colorido especial ao ambiente onde estão. Folhas que caem de árvores no outono, vão adubar o chão e abrir espaço para que novo rebentos verdes façam crescer arvores como as que ajudou a desenvolver. Mesmo fora das arvores, enquanto ainda coloridas, no chão, em bancos de praça, em cima de gramados, telhados, e calçamentos são na minha opinião um grito de beleza e contentamento de alguém que viu concluído seu trabalho e aceita normalmente seguir para a etapa seguinte.

Estes pensamentos me vieram a mente quando navegando na internet vi a imagem de três folhas coloridas a direita de um banco escuro. Poesia pura que salvei e no computador transformei na imagem que ilustra este texto. Lembrei-me também de Adélia Prado que certa vez perguntada sobre o medo respondeu que sim, tinha medo de olhar para uma pedra e ver somente uma pedra.

Para o curioso, a poesia está sempre presente. Para uma alma sensível na natureza a possibilidade de criação está em tudo presente. No vento, no som das ondas do mar, para o barulho das tempestades, no silencio que poderá ser ouvido e nele mergulhar.

Natureza não morre, recicla. Faz isto desde o início dos tempos e está aos poucos ensinado o homem a fazer o mesmo para não retrocedermos no tempo. Nunca mataremos a natureza, mas a nós mesmos. Esta voltará a um estágio onde já esteve a milhares, milhões ou bilhões de tempos (os anos foram invenção do homem) e voltará a se reciclar. Como ?......isto nunca saberemos.

RICARDO garopaba BLAUTH

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