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quinta-feira, 1 de abril de 2010

INFINITO



INFINITO

Você conhece a palavra e certamente o seu símbolo matemático. O 8 deitado. Quando criança nos primeiros anos de estudos, devia ser o quarto ou quinto ano do primário, como se chamava o primeiro grau na época, a professora de matemática se esforçava para nos explicar que a palavra se aplicava também ao universo. Eternamente curioso e indagador, como sou até hoje, a esforçada professora logo percebeu que eu entendia o conceito matemático, mas não conseguia imaginar o universo como infinito. Como assim infinito? Como é uma coisa que não tem fim indagava eu. Lembro até hoje que a criatividade da professora que me ajudou a entender a infinitude do universo. Lembro do sorriso no seu rosto e como pacientemente começou a contar uma história. Um menino estava viajando pelo Universo. Viajou, viajou muito e muito tempo. Alcançou outras planetas e galáxias e num determinado momento teve que parar. Encontrara uma enorme parede que se perdia de vista. No meio dela estava escrito “Fim do Universo”. Imediatamente entendi o conceito Infinito. A percepção desta professora para o fato de que eu não conseguia entender o conceito da palavra e a sua criatividade em usar uma história infantil, uma metáfora, para explicar o que estava ensinando, me acompanham e me estimulam até hoje a ser determinado. A persistir e ajudar à quem quer e sabe perguntar. No instante em que escrevo este texto na Lan House do hotel onde estou hospedado, um rapaz no computador ao lado pediu-me ajuda para abrir um arquivo que receber por email. Coincidência? Ou as infinidades de possibilidades que podem nos ocorrer em cada dia proporcionam estes fatos? O infinito, seja matemático, seja físico, seja cerebral, me fascinam. Qual criança, mesmo hoje septuagenário, sinto-me estimulado pelos desafios que se me possam apresentar. Solucionando problemas, fazendo projetos, escrevendo crônicas e principalmente lendo, me fazem sentir vivo. Espero que você que lê as palavras aqui escritas possa sentir-se também gratificado por fazer o que lhe dá prazer. A propósito, sabe por que consegui entender o conceito do Infinito ao “ver” a imagem que a professora propunha na historinha? Fácil, se existe um fim do infinito, como uma parede, do outro lado começa tudo de no novo. Quantos de nós perdem a oportunidade de perguntar, saber mais. Pergunte. Indague. Questione. Vale a pena.


RICARDO garopaba BLAUTH

2 comentários:

angela disse...

Eu também queimava neuronios om essa questão, mas não tive a ajuda criativa de sua professora e até hoje me pergunto...rs
beijos

RICARDO garopaba BLAUTH disse...

Alo Angela........

E agora....conseguiste entender ?

Abrs

RICARDO garopaba BLAUTH