domingo, 7 de março de 2010
OS CINCO SENTIDOS
OS CINCO SENTIDOS
Temos cinco sentidos. Visão, audição, tato, olfato, paladar. Normalmente os usamos inconscientemente sem perceber e mais importante, valorizar. Quantas vezes paramos e curtimos as sensações que eles podem nos proporcionar? Geralmente isto acontece quando por qualquer razão um ou vários deles nos são privados. Lembrei disto quando, certa manhã, na beira da praia curtia deliciado o sol. No vento, as gaivotas aproveitavam dias como aquele e ruidosamente, diziam sim a vida. De olhos fechados absorvia cada momento e recordei então um momento especial da minha vida quando, num curso que Therezinha e eu fazíamos juntos, proporcionamos um para o outro a sensação de valorizar estes cinco sentidos. No segundo dia do encontro o orientador-palestrante pediu que um vendasse o outro e o conduzisse pelos caminhos do local. Assim o fizemos. Primeiro um de olhos vendados depois o outro. Enquanto caminhávamos o que conduzia ia orientando o outro. Degrau, chão de britas, pequeno desnível à frente, galho baixo de árvore, etc. De tempos em tempos parávamos em frente a uma planta, arbusto, árvore, flor, e o que estava vendado podia sentir pelo tato, pelo cheiro, pelos sons as sensações que normalmente nos passam despercebidos. Confiando totalmente no que conduzia, podíamos usufruir destes prazeres, sem os ver. É uma sensação que deveríamos praticar mais vezes. Confiar. Partilhar das sensações. Saber o que podemos usufruir a vida mesmo perdendo um dos sentidos. Na experiência nos privamos da visão e através da voz do companheiro ouvíamos a descrição do que estava a nossa frente, sentindo os aromas e texturas. Mas mais que isto, aprendemos num breve momento, a compartilhar e confiar. Companheiros amigos fazem isto. Não ficam juntos por vício ou acomodamento, mas pelo prazer de estar um com o outro. Partilhar momentos, vivenciar sensações, ser cúmplices em buscar o prazer de viver com os cinco sentidos.
RICARDO garopaba BLAUTH
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