Outro dia falei que estava relendo mais uma das inúmeras vez que já o li, “O Tempo e o Vento”.
Estou agora no terceiro volume e Rodrigo acaba de voltar a Santa Fé médico formado. Conversando com irmão Toríbio após o café da manhã do seu primeiro dia na cidade disse:
"..... o SOBRADO é realmente o edifício mais alto do mundo, pois de que vale saber de outros se a gente não gostar daquilo que tem...."
Quanta verdade na boca de um personagem fictício, mesmo numa metáfora.
O que a gente tem e real, concreto, o restante algo "distante".
Reler varias vezes algo faz que se descubra sempre algo novo, pois os momentos em que o fazemos estamos em situações, realidades novas na nossa vida e percepções mudam.
Devo ter lido estes volumes pela primeira vez ha bem mais de cinquenta anos e hoje setuagenário certamente a bagagem acumulada em minha mente faz ver coisa que antes não percebia.
Penso então vendo crianças que nos rodeiam como será o mundo daqui ha mais cinquenta anos.
Existirá é claro, mas como?
Gostar daquilo que se tem é sábio, sempre soube, mas as sete décadas vividas tornam tudo mais vívido.
RICARDO garopaba BLAUTH
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