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segunda-feira, 3 de maio de 2010
REGISTROS DE VIAGEM 15 - o lixo da natureza
REGISTROS DE VIAGEM 15
o “lixo” da natureza
Arvores que perdem suas folhas para se renovar as deixam cair ao chão. Para muitos é lixo que precisa ser varrido, amontoado e removido. Posso até concordar quando isto acontece numa cidade, toda impermeabilizada por asfalto, mas nunca quando caem sobre um leito de grama natural ou sobre um caminho de areia que leva ao mar.
Em Caraívas, pequena cidade baiana, doutro lado de um rio, não existem veículos motores nem ruas com pavimentação. Os caminhos são de areia que um funcionário dolentemente mantém varrida e “limpa”.
No dia em que lá estive um trecho ainda não alcançado pelo “ativo” funcionário vi duas jóias naturais. A uma pequena distancia uma de outra, pareciam estar ali colocadas para me fascinar. Folhas que se renovam, flores que caem das arvores depois de cumprido seu papel, frutas amadurecidas terminando seu ciclo, liberando sementes no chão, nunca foram por mim vistas como lixo, mas sim como renovação, alimento para a flora e fauna, insetos alem de servir de cenário para almas sensíveis.
Nestas duas folhas de bom tamanho, suas cores gritavam... “veja, olhe, alimente sua alma, me leve junto dentro da sua máquina fotográfica....mas deixe-me terminar meus dias aqui, minha querência e cumprir minha missão.”
Acatei seu pedido e reparto com você seus pedidos.
RICARDO garopaba BLAUTH
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