SEM
GRAVATA
É incrível o que nos
vem a memória quando se lembra um fato e sobre ele se escreve.
Lendo o último livro do
Eduardo Lunardelli, escrevi sobre as camisas floreadas que adoro vestir no
verão sentindo a delicia da liberdade sob o tecido leve.
Nem sempre é a roupa
adequada, segundo outros dizem, principalmente se for uma ocasião formal como
relato a seguir. Mesmo assim me sentindo bem e livre fui a tal formalidade
vestido como gosto.
Não deu outra. Eu era a
única pessoa na ocasião “desengravatado”.
Lá pelas tantas me
chamaram para falar sobre o painel por mim pintado e que estava sendo formalmente
inaugurado.
“Visões de Porto Alegre” , o nome do painel de seis telas, no saguão do quatro estrelas do Hotel Ritter
em Porto Alegre.
Chamado a falar comecei
gesticulando muito e quase a gritar disse “uma gravata, por favor uma gravata”
Gelo quebrado falei
como gosto do que faço e do estágio que tinha alcançado na minha vida de
ex-empresário, fazendo somente o que me
dá prazer. Principalmente quando desafiado como fui a criar uma obra
representativa da cidade que mal sabia eu na ocasião acabaria sendo morador.
Vejo hoje, anos depois
das muitas voltas que nossa vida dá, que
o prazer de viver depende de nós mesmos, seja em que circunstancias for.
A obra está lá no
Ritter. Outras mais já fiz e novas estou realizando sem nunca abrir mão de
fazer o que gosto, com prazer e alegria.
Espero ter sempre
energias a distribuir e compartilhar.
ricardo
garopaba E DO MUNDO blauth