Vim de um mundo diferente. Para informar algo que nos faltava ou se tinha em excesso, tudo era igual à hoje. E note que nasci em 1939. Chorando nossa mãe sabia que precisávamos de atenção. Fraldas eram trocadas e depois lavadas para reuso e de tempos em tempos sabiam que nosso choro seria apaziguado com um farto seio.
Declarei acima que não se descartava nada. O pouco que se tinha era essencial e valorizado. Fraldas reutilizáveis, feitas com tecido de sacos de açúcar eram um luxo.
Um pouco mais adiante conheci o telefone. Que maravilha. Era só girar uma manivela e depois de um tempo uma voz perguntava com quem queríamos falar. Como havia poucos que tinham este outro “luxo”, se dizia um nome não um número. A telefonista sabia todos. Falar para longe, a capital, por exemplo, que ficava a distantes 47 km, era questão de meia hora. Sabia de tudo isto por que minha vó foi telefonista chefe da cidade que já tinha talvez 200 telefone, veja só. Com fios pela cidade ligando cada um isoladamente à central telefônica.
Ninguém perguntava por senhas. Pra que ? Todos se conheciam. Podiam não saber o nome completo, mas todos já se haviam encontrado inúmeras vezes. A cidade era grande, tinha dois ou três edifícios de 2 andares. No centro claro, que se resumia em três a quatro quarteirões.
Nostalgia ? Que nada........... espanto isto sim.
Estou agora num dos maiores shoppings de Palegre que anuncia ter WiFi , mas funcionários indagados não sabem a senha que o comPUTAdor pede. Pode ? Sim são os tempos modernos................rsrrsrsrsrsrsrsr
Por isso que às vezes tenho saudade da “piscina” que era a barriga da mãe onde nem roupa se precisava. Mas para estar aqui em frente ao notebook foi necessário “nascer”, crescer, e agora ficando velho........ pra tudo SENHAS.........
RICARDO garopaba BLAUTH
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