Lembrei disto no instante em que comecei a admirar um belíssimo áudio visual enviado pela minha prima Lourdes. Dezenas de flores de cactos oferecem um banquete para os olhos e não é preciso ser artista ou escritor para se extasiar sobre a capacidade da natureza em se superar em cada novo ato.
Acredito otimista incorrigível que sou que em tudo podemos aprender e a natureza em seus atos nos dá “aulas” fantásticas, mesmo em suas ações mais dramáticas. Saber respeitá-la e neste caso das flores de cactos, admirá-la é uma excelente oportunidade de iniciar nosso aprendizado de respeito ás suas forças.
Outra lembrança que me veio ao ver o audiovisual foi a figura inesquecível de Xico Stockinger que depois de começar a criar e estudar cactos formou uma coleção invejável. Tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente em seu estúdio de esculturas de pedras em Porto Alegre.
As flores de cactos nos surpreendem em cada espécie. De pequenas à enormes , de monocromáticas á exuberância de cores, de solitárias e únicas à “multidões”. Pouco exigente, gosta de viver em meio às ambientes agreste. Talvez daí suas “garras” espinhosas, defendendo suas obras primas,
Será que render-se perante suas belezas, de planta e flores, não será tornar-se mais “humano”?
RICARDO garopaba BLAUTH
***
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
FLOR DE TUNA, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão
“CANTO ALEGRETENSE”
Antônio Augusto Fagundes ( NICO) e Euclides Fagundes Filho (BAGRE)
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