borboletas sempre me fascinaram sem que inicialmente soubesse a razão
voando silenciosas e erraticamente me pareciam frageis
guri tive uma pequena criação de bichos da seda que saindo do casulo são borboletinhas patéticas
o que me fascinava era a voracidade com que as larvas se alimentavam e a rapidez com que cresciam
num repente paravam de se alimentar e iniciavam o casulo de seda de fio continuo com que se cobriam toda para tempos depois aparecer a borboletinha
cultivei sempre a fascinação por borboletas sem nunca me aprofundar no assunto
um dia, já artista plástico, foi inevitável que borboletas eu começasse a pintar
seu colorido e formas me estimulavam a querer mais cor e novas formas
descobri logo que por mais "loucas" fossem minhas pinturas a natureza sempre me surpreendia com mais cores e extases
hoje depois de todas as "metamorfoses" que a vida me apresentou estou mais consciente do assunto
um amigão, o incansável henrique tapeceiro da gamboa, me envia um frase de rubem alves, escritor que ele mesmo me apresentou, que aproveito para ilustrar este texto
já vou avançando nos setenta, sentindo é claro as modificações do fisico, mas estranhamente me sentindo cada vez mais forte e com capacidade de amar e desejo de compartilhar sempre se renovando
as metamorfoses são silenciosas e muitos não as percebe em si próprio
entretanto se a gente se "atira" com paixão, alegria, prazer e amor naquilo que acreditamos, a felicidade surge como consequencia natural
quantas "metamorfoses" ainda devo viver........sei lá.....sei porém fruto do aprendizado acumulado ao longo dos anos que o PRESENTE é o que importa
familia sempre conosco, pessoa amada ao nosso lado, amigos com quem repartir experiências
viva a vida e quantas "metamorfoses" aparecerem.........
ricardo garopaba E DO MUNDO blauth
Um comentário:
Bravo, é mesmo assim para alguns. Outros tentam se aferrar a um mesmo aspecto, a um mesmo momento de sua historia.
Eu, aos sessenta quase dois, estou aprendendo a remar, canoa hawaiana, já que da mata tive que vir morar perto do mar
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