BARRO
A MODELAR
O barro a sua frente esperava paciente que mãos
fossem trabalhá-lo. O dono das mãos com estava distante com pensamento travado
por forte gripe que insistia em não embora.
O barro esperava. Na semana anterior fora-lhe dada
uma forma para elaboração de uma idéia. Secou menos do que se imaginava e isso
só fez travar mais as mãos que permaneciam imóveis.
Tempo nestes momentos parecem se eternizar deixando
ainda mais ansioso o artista.
De repente ação. As mãos apanharam a argila que
parecia rir de sua indecisão e foram novamente amassadas desta vez com
determinação.
Mãos agora em ação sovam a argila eliminando de vez
qualquer forma anterior homogeneizando o
material, deixando flexível para nova obra.
Junto com os movimentos de preparar novamente a
argila começaram a fluir novas possibilidades. Assim com surgiram aparentemente
do nada, se aceleraram e começaram a
insistir em fazer as mãos trabalharem na nova forma artística.
Pensamentos vazios se foram, substituídos por outros
que se impuseram nas horas seguintes fazendo surgir possibilidades novas para
idéias que se impunham.
No final do turno tinha a sua frente cinco peças que
gratificaram o dono das mãos e que lhe
disseram “é hora de parar e deixar que descansemos, para que daqui a alguns
dias, mais secas possas terminar o que aqui já está formado”.
A experiência já me mostrou em varias ocasiões que
conselhos como estes devem ser observados e seguidos, pois os resultados
posteriores compensarão.
A vida a cada momento encontra maneiras de mandar os
seus recados a quem estiver atento e à procura do melhor.
Parar e pensar alternativas. Faça cada um a sua
parte. O universo fará o resto.
ricardo
garopaba e do mundo blauth
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