FÉRIAS NAS
VIAGENS
Em viagens longas, descobri na prática
que é absolutamente necessário fazer uma pequena parada se quisermos continuar
a absorver tudo que se vê, ouve ou fala.
Na primeira grande viagem à Europa, isto
lá em 1983, com apenas quarenta e três anos e recém entrando na vida de
ex-empresário, fui ao pote com toda sede da nova realidade.
Foi uma viagem sozinhos, somente The e
eu utilizando primeiro um mês de trem e depois três meses de carro, com toda liberdade
de ir e ficar onde quiséssemos. Tudo corria maravilhosamente bem e cada vez
melhor a medida que ia me acostumando a pensar como os “nativos” e disto
tirando toda proveito que uma viagem assim proporciona.
Escolhíamos nosso próprio roteiro, a
pousada e hospedeiros que mais nos agradavam, os passeios mais atraentes.
De repente, exatamente na metade dos
quatro meses que prevíamos para a viagem o "susto". Caminhando num pequeno vilarejo do interior
da Bavária, atravessando uma pontezinha "uma
terrível sensação de soco no estomago". Assustado parei e tentei entender
o que estava acontecendo. Levei um bom tempo imóvel e logo que pude respondi a
Therezinha que assustada me perguntava o que tinha acontecido.
Estranhamente e para minha surpresa
usando de lógica constatei que estamos no pico da viagem e que do dia seguinte
em diante estaríamos no "segundo tempo" e não haveria prorrogação.
Estava exausto e sem capacidade de assimilar mais do que já enchia nossas
mentes.
Resolvemos então voltar para uma
cidadezinha super simpática a beira do lago de Lucerna e negociamos uma estada
maior com simpáticos hospedeiros para umas "férias" da viagem.
Sábia decisão. Levantávamos somente ao
acordar naturalmente, esquecemos o carro e passeávamos ao redor do lago e suas
imediações. Nadei na água gelada entre cisnes acredite. Foi o paraíso e a
vontade de voltar a viajar retornou renovada.
Hoje, trinta anos depois, já feitas mais
viagens internacionais e nacionais e sempre levamos em conta a capacidade que
temos de dar tempo ao cérebro de absorver e organizar o que viu, interagiu, conversou.
Aprendi a viver um momento por vez. Com
toda intensidade possível, mas evitando chegar à saturação.
Acredito que chegando aos “noventa”
estarei bem preparado par seguir em frente corretamente......rsrsrsrsrsrsr
RICARDO garopaba
BLAUTH
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