Estar sobre o lombo dum cavalo crioulo, nos campos de cima da serra é uma das sensações que todos deveriam um dia experimentar. Um passeio a cavalo, faça o tempo que fizer, subindo e descendo coxilhas, rodeado da natureza impar desta região peculiar é algo inesquecível. Estou falando de um passeio campo a fora, o mais possível fora de estradas, sem enxergar “civilização”, cruzando sangas, riachos, rios. Até chegar a eles, atravessar campos que se perdem no horizonte nunca plano.
De tempos em tempos, capões de mata nativa onde se sente o roçar dos galhos, o sol fica escondido e o cavalo segue o líder que sabe o caminho. O chão nestes capões é hora firme, ora lodoso, sente-se galhos secos sendo esmagados ou afastados pelas patas dos cavalos, nestas travessias. Quase sempre a beira destes capões existe um pequeno riacho onde os cavalos “pedem” para beber a água límpida que corre.
Quando o volume de água é maior o piso é uma pedra polida pela água. Nestes locais os cavalos sabem onde pisar e transmitem ao cavaleiro toda segurança duma tropilha acostumada a este passeios a passo percorrendo em média 25 a 30 km por dia.
De tempos em tempos um cavaleiro mais acostumado permite um pequeno trote. Eu já cheguei a permitir um galope do cavalo quando estávamos chegando a uma fazenda num final de dia.
Fazer com esta mesma tropilha e guia este passeio nas bordas dos canyons de São José dos Ausentes é uma sensação potencializada pelos cenários diferenciados.
Nestes passeios a segurança é total, menos a garantia de sempre tempo ensolarado e canyons “abertos”. Isto, em minha opinião, só faz aumentar a felicidade dos que lá estando, possam ver plenamente as maravilhas da natureza em pleno esplendor.
Não acredite em tudo que aqui estou dizendo. Vá e confira.
RICARDO garopaba BLAUTH
Nenhum comentário:
Postar um comentário