Enquanto isto a criança interior já se refestelava imaginariamente no riacho límpido que corria nos fundos da casa da Bisa enquanto pensava nos peixinhos que lá pescou.
O adulto pensando em H2O, líquido incolor e insípido, na sua essencialidade a vida da maioria dos organismos. Que água representa cerca de 70% da superfície terrestre, que o corpo humano é na sua maio parte liquido, no fundo água......
A criança pensando em água-pé, água-marinha, água-de-coco, na água-com-açúcar que os adultos acreditam ser calmante, até na água-furtada da casa da Bisa, onde estão guardados “tesouros” a serem explorados.
O adulto, seja empresário, empregado, comerciante, profissional autônomo, quem sabe “doutor” em alguma coisa, pensava na água e sua utilidade para os seus fazeres.
Nisso a criança pensava também. No que poderia fazer com água. Já nadara, pescara, e agora estava com sede. Pensou na água mágica que o avô vendeiro lhe preparava. Um copo quase cheio da água da moringa, um bom pedaço de água endurecida, gelo, umas gotas de uma formula sua e mais um bocado de açúcar. Estava pronta o “suco mágico” que até hoje tem na memória e que não se compara a nenhuma “coca-cola” da vida de hoje.
O adulto escrevendo o texto acima, pouco o pouco deixa a criança mover os dedos no teclado do computador. Descobre satisfeito que em seu “disco rígido” tem coisas que não quer nunca mais esquecer.
O adulto lembra também que enquanto empresário no ramo farmacêutico vendeu muita água-de-colônia, que água-de-melissa era um santo remédio.
A criança lembra que a mãe costumava usar água-de-goma que endurecia as camisas que preferia moles, livres.
Adulto e criança juntos lembram muita coisa. Porque separa-las?
Criança e adultos juntos. É puríssimo como água da melhor qualidade e essencial como ela para viver prazerosamente.
RICARDO garopaba BLAUTH
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