Estão hoje num dos pilares de madeira do meu atelier em Garopaba. Velhas, gastas, já impróprias para o uso nos duros caminhos que trilha nos campos de cima da serra, mas aqui pregadas com os mesmos cravos que são usadas para prende-las aos cascos eqüinos, me fazem recordar o prazer de cavalgar.
Até bem pouco tempo atrás nunca havia cavalgado. Sempre admirei a estética destes animais, me maravilhavando com os cavaleiros e cavaleiras que sobre eles realizam proezas, mas algo me impedia que os montasse quando surgiam oportunidades.
A realização deste desejo se completou quando conheci Paulo Haffner e sua maneira de pensar cavalos. Sua empresa, Campofora é um exemplo de simplicidade, segurança e certeza de atividade prazerosa. Sua tropilha de crioulos criados como a natureza os ensinou é de uma confiança admirável.
Com estas certezas e mais a simpatia do Paulo e Angela subi num cavalo a primeira vez num dos muitos campos de cima da serra e só desmontei horas depois com a alegria de ter encontrado uma fonte muito rica de prazeres.
Andar a cavalo, a passo ou num pequeno trote, guiado pelo Paulo, num cenário deslumbrante que são os campos onde sempre se enxerga araucárias ou beirando os cânions com que a natureza abençoou aquela região é algo que acredito que todos que experimentarem esta experiência confirmarão.
Napoleão, um crioulo cor branca, foi meu transporte num dos passeios de quatro dias.
Ficando soltas uma das suas ferraduras foi liberado. Subi noutro crioulo para o restante da jornada. São as ferraduras velhas que foram trocadas no dia seguinte, as que falo no início do texto. Lembram momentos que quero para sempre lembrar, para ter certezas que não importa a situação sempre haverá um novo momento.
RICARDO garopaba BLAUTH
segunda-feira, 18 de julho de 2011
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