ROTINAS ... SIM OU NÃO ...

Muitos precisam de rotinas, receitas detalhadas, certezas concretas, para se sentirem bem. Outros, como eu, precisam exatamente evitá-las para bem usufruir o que a vida tem a oferecer. Para estes a rotina é uma sala vazia sem estímulos e que faz o tempo passar sem sentido. Cada ser humano é único e como tal deve ser respeitado. Na catarse que faço escrevendo, percebo que rotinas me são maléficas e destroem todo e qualquer prazer. Rotinas são atividades se repetem sempre do mesmo modo. Às rotinas prefiro os silêncios. Adoro conversar com novos ouvintes quando possuem pensamentos próprios e que sabem “defender” sua opinião. À tentativa de evitar conversas rotineiras faz com que se deseje e projete realizar viagens, encontros com momentos em que o inusual esteja presente. Rotinas se adaptam bem às tarefas mecânicas que nosso cérebro codifica e armazena realizando-as então “no automático” deixando-o livre para novos saberes e sabores. Por isso caminhamos e conversamos em meio a multidões desviando de pessoas e obstáculos, dirigimos olhando atento a estrada e conversamos ao mesmo tempo. Nosso cérebro é tremendamente otimizado. Evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. A quantidade de pensamentos diários que temos chega aos milhares e o cérebro só registra o fato novo. Aí nos sentimos mais vivos. Alguns amam a rotina. Merecem nosso respeito se isto as faz felizes. Não é certamente o caso de quem tem a criatividade como objetivo. Desafios são bem-vindos aos inimigos de rotinas frustrantes. Desafios fazem vibrar o cérebro do inquieto que precisa de agilidade mental para se sentir vivo. Ansiedades então se sentem domadas e canalizadas em direção a resultados estimuladores de mais vida em novos momentos por vir. Até que se extinga, no momento certo, nosso prazo de validade.


RICARDO garopaba BLAUTH