QUERO IR

Tenho um amigo especial com quem converso muito. É também um sonhador e a amizade que temos existe há muito e cada momento que passa a afinidade entre nós aumenta. Já atingiu um ponto em que conseguimos conversar em silêncios. Outro dia o encontrei e juntos “conversávamos”, sem relógios marcando tempos, quando num repente, num jorro, qual represa se rompendo disse:...................” quero ir ver o que nunca vi, descobrir o outro lado do rio, do mar, de fronteiras, de culturas. Encontrar gentes, costumes, hábitos e tradições. Circular em ambientes desconhecidos e ali ver, achar, enxergar. Tudo com olhos curiosos, sonhadores, com a ingenuidade sem pudores, dogmas, amarras, mas com a sinceridade que só a criança tem. Esculpir pedras, ser desafiado por durezas que abrem novas portas, janelas. Sentir novos ventos soprando. Valorizar brisas novas, sob sol iluminadores. Exercer o querer sem limites castradores, sem imposições limitadoras, sem medos de novos rumos. Quero ir saber novos saberes, provar novos sabores, desafiar e ser desafiado a exercer criatividades. Quero aprender a ouvir mais. Quero sede de descobrir. Quero me saber solto e não ter medos destas liberdades. Quero ouvir novas opiniões, idéias refrescantes. Quero amarras soltas deixar o barco livre para seguir rumos que levem em todas as direções.”.....................Esvaziado de ansiedades que o fizeram poetizar seus sonhos de modo continuo e confiante ao seu melhor amigo, silenciou e juntos vimos o tempo passar, meditando em paz.


RICARDO garopaba BLAUTH