Em algum momento no passado remoto alguém criou uma maneira de medir o tempo. Certamente era um sujeito curioso, daqueles que estão sempre atrás de algo para ocupar a mente. Certamente não tinha consciência disto, mas algo o fazia com que pensasse a respeito, embora, tenho quase certeza nem soubesse que sabia pensar. Filosofava, embora esta palavra e seu significado estivessem num futuro que também não sabia que poderia ocorrer. Quando foi que, no passado longínquo, este “curioso” descobriu uma maneira de medir o tempo ? ..... deixa pra lá que isto já outra história! Hoje sentados a frente de um computador temos diversas maneiras de encontrar respostas para satisfazer curiosidades, aumentar conhecimentos e exercitar neurônios. Basta saber perguntar corretamente.
Afinal, porque o que assina ai embaixo está escrevendo estas palavras ? Hellloooo.!!!.......Que dia é hoje ? Para isto.basta olhar para algum calendário. Existem estes de diversas maneiras. Em papel, de diversos modelos e formatos. De parede, alguns como pesos para papeis sobre a escrivaninha. Na infância do escriba, um dos que fazia muito sucesso era aquele em que cada manhã se arrancava a folhinha do dia anterior. Era uma delícia. Quando se esperava algo do futuro então...... Cada nova folhinha arrancada nos aproximava da data que aguardávamos. Creiam, todos tinham, declarado ou não, lá na frente algo que era esperado, almejado, sonhado. Tanto os adultos, velhos, como as crianças e principalmente os adolescentes. Os jovens em direção à idade adulta eram os que maior ansiedade sentiam em relação ao que os esperava a frente. Poucos investiam em pensar no caminho já trilhado, que os trouxera àquele momento. O que mais os afligia era pensar na incerteza do que estava ou não por vir.
Agora, o “guri” tomou conta do teclado e dá uma risadinha interior lembrando que, como todos, também já viveu estas “emoções”. Olhando para um idoso você percebe que este vê coisas por um angulo diferente. Afinal, velho biologicamente, já percorreu distancias nas quais, se foi curioso, juntou um bocado de experiências. Certamente diferentes das acumuladas pelos jovens adultos de hoje. Estes aprenderam a raciocinar cercados de maior numero de possibilidades e por isto mesmo de dificuldades. Mas acreditem, a experiência mostra que é tudo uma questão à estudar, pensar. De que ângulo, de que posição olhar o assunto ? Como entende-lo melhor ? Com quem conversar, confiar, filosofar ? Quem ter como melhor amigo......... e acredite, todos precisam de um.
O velho/guri, do alto da idade biológica alcançada, tem uma certeza que o jovem adulto nunca terá. Alcançou tal idade ! Daqui pra frente o futuro é uma incógnita como o é para todos. Que fazer então ? O guri/velho, usando sua experiência, acredita que descobriu uma fórmula!!!!!! Viver o momento! Afinal, sabe que este é real. Vê na folhinha que acabou de arrancar, que é o dia trinta e um. de março.
Quantas lembranças desta data especial em toda sua existência setuagenária. Lembra bem de duas revoluções que aconteceram neste dia. Uma delas, em sessenta e quatro, envolveu o país onde mora e a partir do dia seguinte os milicos é que passaram mandar e ficaram um bocado de tempo sentados no trono, “ditando” leis. Outra particular aconteceu consigo há vinte e quatro anos enquanto caminhava na beira da praia num fim de verão. Mas isto, só descobriu muito tempo depois, mudaria completamente seu jeito de ser. Acabara de “acordar” o guri que o acompanha desde então e do qual sente o maior orgulhEntretanto a lembrança mais forte e marcante, vívida, aconteceu também num trinta e um de março. Lembra como se fosse hoje, pois era um domingo de Páscoa e já “artista”, acabara de pintar um quadro da sua primogênita expondo a enorme barriga, ornada com um chambre belíssimo. Chamou o quadro de “Ovo de Páscoa”. Dentro daquela barriga estava um ser vivo que por estas coincidências inexplicáveis, nasceu naquele dia.
Então a pergunta, festejamos ou não datas ? A resposta do guri, que o velho carrega orgulhoso, é uma vibração interna que contagia e o fez sentar em frente ao teclado. Ali, do jeito que sabe, deixa registrada sua felicidade. Fazendo isto sente algo diferente “por dentro”, deixando rolar uma lágrima que rega as suas rugas, comemorando, mesmo de longe o aniversário daquela guria. Guria, menina-mulher, determinada e consciente dos ônus e bônus que a vida lhe reserva. Jovem adulta está enfrentando as “feras” bem no meio do tumulto, buscando os conhecimentos que lhe foram acenados e mostrados ao longo destes anos. Estes existem para quem os procurar. Com determinação.
Tem exemplos a seguir. Sabe dentro de si, que é dali que precisará tirar forças para os vinte, trinta, quarenta e mais anos que virão. Sabe também que muitos a amam, tanto quanto o GURI/VELHO que lhe coube como avô.
RICARDO garopaba BLAUTH
4 comentários:
Ricardo que lindo texto, porisso, temos que tirar sempre a folhinha anterior do calendário, pois a vida reserva-nos para o dia de hoje, o presente mais valioso...que é a vida.Seu "Ovo de Páscoa e o recheio rsrs), devem estar muito felizes com essa linda homenagem....Beijocas
alo Marilu
que todos nossos DIAS seja também sempre recheados
bjs
ricardo GAROPABA blauth
Obrigada, Marilu, pela lembrança de homenagem ao OVO DE PÁSCOa, nem tinha pensado dessa maneira, mas muito obrigado, pai querido, por lembrar do momento mais importante da minha vida e que nunca mais voltará, só na lembrança, foi o dia mais feliz da minha vida, nasci para ser mãe, obrigada, e pelo carinho e amor que tens por nossa filha, minha e do Paulinho, ela tem um pouco te todos nós, e a amamos mesmo assim.......Grata, Sofia
Alo Sofi
A Marilu é brasileira, mãe como tu , morando na Alemnha;
Bjs
PAI
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