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terça-feira, 5 de julho de 2011

DO BAÚ # 7

A PROSA



Conversa informal, cotidiana.

É incrível QUANTO se perde quando desaprendemos a prosear conversar informalmente, dando-nos a conhecer e tendo a oportunidade de aprender, conhecer mais sobre a outra pessoa ou pessoas.

O mundo atual está cada vez mais afastando a possibilidade de conversar eliminando assim uma fonte inestimável de possibilidades de evitar conflitos.

Aparentemente ninguém mais tem tempo para CONVERSAR, ouvir, substituindo por outras opções mais cômodas e fáceis. Quanta atividade inútil, hostis, dispendiosas é realizada simplesmente pela negação do “conversar”.

É na informalidade de uma prosa, de uma conversa inteligente e inicialmente sem compromisso que muita coisa pode ser aprendida, ensinada e baseada nisto tomarem-se decisões mais importantes.

Quantas disputas, brigas, batalhas judiciais são diariamente travadas simplesmente porque não se esgotou a capacidade humana de “conversar”.

Guerras pelo mundo a fora passam de uma geração a outra entre povos vizinhos, se perdendo no tempo a razão verdadeira das mesmas existirem. Interesses escusos evitam que “conversas” muitas vezes ocorram para evitar que conciliamentos amistosos ocorram, pois interessa ao “mundo dos negócios” que conflitos existam.

A própria sociedade de consumo, hoje globalizada se nutre de que as pessoas acreditem encontrar nas “compras” aquilo que procuram. Se conversar-mos mais, ouvir-mos mais, abriremos em nossa mente e em nossos conhecimentos comportas de satisfação maiores que aquelas que as “compras” podem proporcionar. Ou pelo menos seremos mais criteriosos ao fazê-las, atitude que nosso planeta está urgentemente precisando.

A imagem que ilustra esta crônica é de uma litografia minha e que realizei a partir de uma cena real. Quando vi três peões conversando com uma cerca de arame a separá-los o nome “A PROSA” me veio instantaneamente. Dois numa propriedade e o terceiro em outra. Uma cerca a separar fisicamente os conversantes. Isto não impediu que tomassem um pouco do seu tempo para prosear, conversar, trocar informações.

Quando empresários & empregados, dirigentes de entidades de classe & associados, governantes & governados, legisladores & povo, professores & alunos, maridos & esposas, pais & filhos, aprenderem a conversar e principalmente Ouvir, metade dos “problemas” , seja eles quais forem já estarão resolvidos.

Como metáfora, de nada adianta querer “curar” se não admitir-mos que estamos “doentes”.

Falei acima Ouvir, pois monologar, acreditando que está “conversando” não conduzirá a resultados permanentes. Conversar implica em “depor as armas”, “desarmar” convicções e informalmente escutar & falar. Implica em respeitar opiniões contrárias para ver respeitadas as suas. Conseguido este clima os resultados aparecem com por magia. As energias fluem harmônicas criando condições para resultados promissores e permanentes

Isto praticado continuamente será com o passar do tempo, prazeroso e não um obrigação.

Converse, ouça. Em pouco tempo você será outra pessoa.



RICARDO garopaba BLAUTH

2 comentários:

Sandra Veloso disse...

Como mineira que sou, adoro prosear.
São horas deliciosas. Tempo que nos damos de presente, tempo que alegra o nosso tempo de deveres, nem sempre tão agradável.
Bom dia.
Sandra

ricardo garopaba blauth disse...

alo SANDRA

Acredito que todos gostam de falar...."sobre si mesmos" e não tem tempo para prosear, e de tempos ouvir o silencio...........