quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
BORGHETINHO
BORGHETINHO
Freqüentemente me perguntam por que nas telas que pinto em que pessoas estão presentes, os detalhes dos rostos e mãos estão ausentes. Costumo responder então que não tenho o interesse no individuo, mas no personagem que todos conseguem identificar e que permanecerá sem envelhecer na memória dos que os conhecem e admiram. Costumo retratar personagens públicos captando imagens durante suas atividades.
Dentro da Cultura Gaúcha o Borghetinho é muito conhecido e hoje requisitado para apresentações pelo mundo a fora, acompanhando sinfônicas, bandas de jazz famosas e festivais, tudo isto utilizando sua natural capacidade de fazer musica sem conhecer partituras.
Como então é reconhecido na imagem que fiz sem que os detalhes fisionômicos não estejam lá presentes ? Você sabe a resposta. Todos nós temos algo que é inconfundível. No caso do Borghetinho, seus longos cabelos, o chapéu cobrindo os olhos na cabeça abaixada, vivendo intensamente o que está tocando na sua inseparável gaita ponto na qual é mestre.
Conheci-o pessoalmente somente em 1999, durante uma Tropeada em que se resgatou, graças ao esforço de sua família fazendeira e amigos amantes da Cultura Gaúcha, uma época histórica em que o gado era conduzido a pé de um ponto a outro. Acompanhei o projeto e durante o tempo que durou. Os dias e noite da jornada foram por mim pintados em painéis que hoje fazem parte do meu acervo.
RICARDO garopaba BLAUTH
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