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sábado, 7 de agosto de 2010

BICICLETAS CIRCENSES


BICICLETAS CIRCENSES

Acredito ser a bicicleta um dos veículos mais incríveis já criados. É simples, duas rodas, não polui, seu “motor” já está ali na natureza e montado nela a impulsiona, com bem mais rapidez e alegria, que se estivesse com os dois pés no chão. Como foi no começo. Vai onde queremos que vá. Sobe e desce morros. Se for morro suave, que guiamos a bicicleta simplesmente aproveitando a gravidade com a brisa lambendo nossa face, é alegria pura. Pra isto já existem as especiais com cambio para facilitar e com resistência para rolar morro abaixo em competições de “down hill” com a adrenalina a “mil”. Para descida livre em morros íngremes, quanto mais difícil, mais pedras e barrancos a pular, mais arvores a desviar, melhor. Se estiver muito fácil, “inventam”, criam dificuldades extras. Mas a bicicleta é muito mais. Feita para conduzir o que a pedala, em pouco tempo descobriram que outro podia sentar no guidão ou no quadro estrutural outro no bagageiro que já fora desenvolvido sobre a roda traseira. Ai já tínhamos, dois , três, quatro a usufruir o “veiculo”. Quando guri andando com a minha Durkopp, tinha o privilégio de ver, duas vezes ao ano, um circo chegar e ser magicamente montado no campo do vovô nos fundos da minha casa. Moleque, logo estava lá no meio da peonada que emendava a lona da cobertura. Fixada aos enormes pilares logo tínhamos a enorme tenda armada. Para não ser enxotado como trombolho incomodo ao serviço, oferecia oportunidade de receberem água para a sede de todos. Com a água especial que tínhamos de um poço artesiano. Em troca podia circular por tudo e entrar de graça para ver as “funções” da noite. Sempre procurava os “poleiros” (arquibancadas) mais altas, mesmo que me fosse permitido sentar nas cadeiras junto ao “picadeiro” central. Assim podia ver “tudo”....... O espetáculo e também o “espetáculo” das pessoas felizes assistindo o ......espetáculo. Sempre quis “tudo” !!! Foi assim que descobri que uma bicicleta podia ser mais que um simples veiculo para isto ou aquilo. Ver uma dúzia de garotas brincando com suas bicicletas era “demais” para o moleque que chegou até o hoje. Faziam coisas inacreditáveis. Naquela noite, na seguinte e nas outras, sempre igual, sempre faceiras, sempre rindo, sempre brincando segundo minha visão. No final reduzindo o numero das bicicletas, ficavam apenas três e por fim somente uma na qual de forma ordenada e alegre iam subindo uma a uma. Até que todas em “leque”, estavam lá. Sobre a bicicleta dando voltas e voltas no picadeiro para delírio da platéia, todos então crianças sobre a “bicicleta” do seu pensamento. Obrigado Alves, que de Bruxelas na Bélgica se lembrou de mim e me enviou um Youtube com vídeo de onde captei estas imagens. Elas trouxeram lembranças do guri de ontem para “alimentar” o velho/guri de hoje.

RICARDO garopaba BLAUTH

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